Páginas

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Nada se perde, tudo se transforma.

Éramos uma equipa. Mais que uma equipa, éramos amigos.

Porque a vida não pára e as pessoas têm sonhos e ambições, a equipa foi ficando mais pequena, mais pobre e talvez por isso mais unida que nunca. Alguns partiram e outros simplesmente mudaram, por dentro.

Quando o penultimo membro nos deixou e ficámos só nós, chorei.

"Porque choras?" perguntaste tu. Porque apesar de sermos o núcleo desta equipa e sermos no fundo tudo o que interessa, todos os outros partiram e fazem-me falta.

Mais do que nunca, a equipa era agora unida e como uma só. Aguentou mais tempo do que a equipa inicial tinha aguentado, mas chegou tambem a hora em que a vida me puxou para fora (ou para cima) e tive de seguir.

Sei bem que ao mudar te deixei numa situação difícil, frágil e seria provavelmente o teu fim tambem. Mas só o fiz com a tua aprovação.

Como esperado, por mais vontade e determinação que se tenha, sozinho é muito dificil mudar o mundo (ou os hábitos) e passado pouco tempo chegaste ao teu próprio ponto de ambição.

Durante este tempo em que a equipa foste só tu, não sei como mas era como se a equipa perdurasse, como se ainda existíssemos.

Sei que é uma ideia egoísta mas tu eras o que restava (um símbolo) de algo que foi muito importante para mim, que me fez crescer por dentro.

Foi por isto que acolhi a notícia com muita tristeza e pesar.

Para mim era o fim da equipa, o fim do nosso ideal, do qual eu própria desisti por saber que não era o rumo certo.

Não sei o que vais decidir, se vais aguentar o barco sozinho ou se vais definitivamente seguir outra rota.

Seja qual for a decisão, acompanho-te.

Afinal, somos uma equipa. Seja onde e como for!

1 comentário:

Afonso Loureiro disse...

A equipa continua a existir. E existirá sempre, nem que seja num tempo passado que só se encontra nas memórias.