É natural quando se tem uma coisa nova ir pesquisar todo o universo que rodeia essa coisa, seja
um telemóvel, um carro ou um ídolo.
Qualquer um de nós já foi procurar acessórios ou merchandising de alguma coisa, fosse uma paixão temporária ou um amor para a vida toda. Quem não foi à procura da capinha oficial do telemóvel novo, mesmo que depois comprasse a dos chineses, ou quem não comprou já uma T-shirt dos Megadeth ou dos Bon Jovi, num concerto ou na feira dos ciganos?
Escrevo a propósito da loja CR7 que abriu na Marina de Vilamoura, local onde se reúnem duas classes distintas: os que têm os barcos e os que os vão ver. Eu fui ver.
A loja está repleta de fotos gigantescas do ídolo futebolístico, e os artigos à venda são peças de roupa e acessórios banais, com a insígnia CR7. Para terem uma ideia dos preços, um simples boné de pala branco, sem enfeites para além das letras da marca, são 40€.
O espaço está tão cheio de gente, que mal se consegue entrar, mas ninguém sai com sacos. Vão só ver e desistem quando olham para os preços.
A minha teoria é que esta loja está destinada ao fracasso porque quem quer comprar roupa com a marca CR7, os fãs, maioritariamente do povo (classe média-baixa), não tem dinheiro para isso, e quem pode comprar, está-se pouco lixando para o CR7!
Outro exemplo tenho-o eu, que fui por curiosidade visitar a loja online da BMW, onde descobri que se vende roupa e acessórios da marca. Sinceramente acho que uma T-shirt da BMW é daquelas que eu usaria para dormir ou para trocar o óleo ao carro, mas 29€ até é mais barato que na CR7!!!
Mais uma vez pergunto, para quem são estas lojas? Eu não vou gastar 21€ num porta-chaves da BMW, a não ser que seja para oferecer como prenda chique a alguém próximo. Até porque encontrei exactamente o mesmo porta-chaves a 6€ no eBay...
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