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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O espírito da última hora

Hoje estava a falar com um colega meu que me disse já ter as prendas de Natal compradas desde Outubro. E muito me criticava ele por eu ainda ontem ter acabado as minhas e ainda estar a pensar numas compritas para hoje. E eu respondi: "Então e se entretanto a pessoa em questão comprar isso que lhe vai oferecer? Olhe que é muito tempo e se ela precisa mesmo..."
Nunca fui pessoa de planear muito, quer dizer, planear até já planeei, mas nunca fui pessoa de cumprir os planos à risca, nunca se sabe quando aparece uma ideia melhor.
Isto de deixar as prendas para a última hora, ao contrário do que muita gente diz, não acho que seja coisa de ser português, é algo que acontece às pessoas que estão tão ocupadas que nem dão pelo Outubro e pelo Novembro e de repente já é dia 15 de Dezembro e ai que o Natal está quase aí e o que é que eu hei-de comprar?
Depois passa-se ali uns 5 a 10 dias a tentar decidir que prenda original se há-de dar, tem de ser algo útil de que as pessoas precisem porque a vida não está para futilidades, mas é uma chatice porque as pessoas na sua maioria já têm tudo o que precisam e se realmente precisam e felizmente têm dinheiro para isso porque raio hão-de esperar pelo Natal?
E vai daí de repente é dia 23 ou 24 e ainda faltam as prendas dos homens, que são sempre os mais difíceis, nunca precisam de nada!
Deixo-me envolver facilmente pelo espírito natalício, apesar de não ser religiosa e de tudo o que dizem por aí de que se devia pensar nos outros durante todo o ano. É uma grande verdade sim senhor, mas a verdade é que se não houvesse estas datas, muitas famílias não se lembravam de se juntar a não ser nos funerais e casamentos.
Gosto do Natal e acho que o Natal faz falta.
Gosto de montar a árvore de Natal, de imaginar prendas originais e se pudesse dava prendas a muito mais pessoas. Não é consumismo, para mim é uma oportunidade durante o ano para mostrar que alguem é importante para mim.
Se passássemos o ano a mostrar esse tipo de sentimentos, era uma lamechice pegada, nunca haveria momentos especiais.

1 comentário:

Afonso Loureiro disse...

Um facto sobejamente conhecido é que se pode sempre oferecer um berbequim sem fios a um homem. Mesmo que ele já tenha uma dúzia, há-de sempre achar que aquele aparelho lhe faz um falta desgraçada.

Ninguém sabe muito bem porquê, mas é verdade...