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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Aquariofilia na era da Internet

Ando finalmente em arrumações no aquário grande, dedicada a transformá-lo num biótopo amazónico. Pode até nem parecer, mas sou bastante exigente quando me dedico a algo, exigente ao ponto de querer recriar o mais fielmente possível a paisagem, as espécies existentes, etc..

Ora, no mundo da aquariofilia há um sem número de famílias, espécies, sub-espécies, variantes, etc., especialmente no que toca à fauna. E cada espécie, devidamente identificada com um nome científico específico, tem particularidades importantes quando chega a hora de escolher um novo habitante. Por exemplo, ando agora à procura de um indivíduo que me coma as algas de forma eficaz e que não seja mais um molengão que prefere esperar pela hora da comida dos outros, mas preciso de tomar em conta várias características, por exemplo o tamanho, a resistência, o comportamento, etc, e tudo isso muda de espécie para espécie, mesmo que da mesma família ou com o mesmo nome comum.
Existem de facto imensos sites que posso consultar e onde posso escolher a espécie que mais gosto e que mais convém à tarefa que lhe tenho destinada, mas o problema começa depois da pesquisa e escolha, na compra.

Quase todas as lojas têm um site na internet com informações sobre a localização, produtos, espécies que costumam ter, etc. Mas nesta matéria das espécies cometem quase todos o mesmo pecado, misturando nomes comuns com nomes científicos, acabando por atribuir a mesma designação a animais distintos. Tudo isto dificulta muito a pesquisa dos clientes que já não são assim tão iniciados, e que gostam de saber com antecedência o que querem pôr dentro do aquário.

Pergunto se será assim tão difícil manter a base de dados do site sincronizada com a base de dados do stock, de forma a que os clientes possam ver se há o que lhes interessa na loja, sem ter que as visitar todas em busca do animal desejado, ignorando como é claro as etiquetas nos vidros, que seguem a mesma "lógica" dos nomes comuns / científicos. Pior ainda é se tentamos telefonar a perguntar se tem, porque a resposta é sempre sim, seja qual for a espécie que se procura:

- "Gostava de saber se tem um Beaufortia Leveretti?"
- "Um quê?"
- "O nome comum é Pleco Borboleta."
- "Ah sim sim! Plecos temos muitos."
- "Pois, mas este é pequeno, tem uns 5 cm, de água fria, da Ásia...tem?"
- "Temos temos!"

E depois vou lá e é um pleco sim senhor, mas de outro continente, de água quente e que atinge 60cm em adulto. Estão a perceber o problema?

O único site que já encontrei a cumprir estes requisitos é o www.naturline.pt, que actualiza a página das novidades com as chegadas dos vivos, devidamente identificadas por espécies.
Se isto depois bate certo com o que têm realmente na loja já é outra história, mas estou prestes a descobrir.

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E bate certo, sim senhor, ganharam uma cliente. Já os preços das plantas...bom...não falemos disso.

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