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terça-feira, 18 de maio de 2010

O casamento, agora a cores

Ando há que tempos a pensar como escrever sobre o assunto do casamento entre homossexuais, mas acabo por apagar os textos, nunca consigo expressar bem o que penso. Não sei se será desta, mas cá vai.

Os jornais e blogues falam da coincidência da data de promulgação da lei do casamento, por ser o mesmo dia em que a Homossexualidade foi retirada da lista de Doenças Mentais em 1990. Estou completamente fora do meu campo ao falar de assuntos da psique, mas não consigo perceber qual é a diferença entre repudiar o sexo com que nascemos e repudiar uma parte do nosso corpo, como as pessoas com o distúrbio “Transtorno de Personalidade Borderline”, que recorrem a auto-mutilação. Chamem-me parva, ignorante e imbecil, ou então expliquem-me a diferença.

Bom…gostos e psiques de parte, não se trata de preconceito, não tenho uma fobia, não trato ninguém de forma diferente, e sinceramente estou-me nas tintas para o que fazem, onde fazem, como fazem, desde que não me obriguem a ver ou participar.

Mas eu seria muito mais a favor de uma lei que legalizasse ou regularizasse de alguma forma os downloads da Internet, por exemplo. Há seguramente mais pessoas a fazer downloads ilegais do que homossexuais.

Seria muito mais a favor de uma lei de imigração justa, associada a uma lei de sanções rígidas para quem vem de fora cometer crimes cá dentro, porque há provavelmente tantos imigrantes (legais e ilegais) criminosos quanto homossexuais.

Eu ainda seria muito mais a favor de uma lei que punisse seriamente os violadores e pedófilos, quiçá até votaria “Sim” num referendo sobre a pena de morte para esse tipo de crime. Porque os homossexuais podem relacionar-se como quiserem, quando quiserem, sem ficarem afectados, marcados ou magoados, sejam casados ou não, porque tudo o que fazem é de livre vontade, ao contrário de quem é violado.

Basicamente, eu seria a favor de qualquer lei que melhorasse a qualidade de vida dos cidadãos portugueses em geral, e não de uma minoria assumida. Só a pensar nisto, já pensei eu própria criar a minha própria minoria a ver se um dia também me fazem uma lei:
Mulheres que Não Gostam de Ervilhas – Queremos a proibição da cultura e comercialização de ervilhas em Portugal!

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