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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Males que vêm por bem

H quer ser pai. Ele e a sua mulher M já tentaram tudo, tratamentos, inseminações, in-vitro, enfim...esgotaram-se as hipóteses "normais" e restam as alternativas mais radicais.

"Então e adopção?", perguntei eu. A ideia não agrada, não seria a mesma coisa, não seria "nosso". Ok, compreendo.

Indo a conversa já longa e pesada, tentei aligeirar o tema: "Podem sempre adoptar um cão!", disse eu sorrindo, em tom de brincadeira.

A resposta desarmou-me: "Isso é uma grande prisão, e depois têm horários para tudo, não podemos ir a lado nenhum descansados, é só chatices e responsabilidades!".

Apesar de chocada, ainda consegui reunir compostura para responder: "Pois..."

3 comentários:

al disse...

Na verdade a natureza faz sempre uma selecção justa e inteligente...

SS disse...

Concordo amigas, Deus sabe o que faz.
Ainda gostava de saber como seria se tivessem o "tão desejado" filho...

Afonso Loureiro disse...

É que o filho sempre podem deixar no canil (infantário) ou abandonar na beira da estrada (vai lá para a discoteca, já tens 8 anos). Já um cão, se fizer olhos melosos, nunca mais se livram dele.