Quando somos novos só conseguimos ver as proibições, os castigos, os dramas que nos criam por chegarmos tarde ou não comermos a sopa (ou as ervilhas...).
Vem depois outra idade em que achamos que já sabemos tudo e que as mães viveram noutra época e são incapazes de compreender os problemas da juventude moderna.
E vimos por esses anos fora sempre olhando de lado para uma pessoa que nos parece demasiado perfeita para ser verdade, que nunca comete erros e nos quer impedir de cometer os nossos.
Parece-me a mim que só lhes damos verdadeiro valor quando lhes descobrimos a primeira falha, a primeira mentira, o primeiro erro. Não tem necessariamente de ser um erro ou mentira, mas por exemplo o simples facto de lhes apanharmos uma contradição nas palavras. Nesse preciso momento paramos surpreendidos com a mudança de atitude e perda de perfeição e conseguimos perceber que elas nem sempre nos dizem o que lhes vai lá dentro, mas sim o que acham que nos faz felizes.
E se o que nos faz felizes é comer sopa numa semana e rebuçados na outra a seguir, elas lá estarão em ambas as semanas, dizendo que a sopa é muito boa, mas que os rebuçados é que é fixe!
Obrigado mãe!
1 comentário:
Amiga concordo contigo.
Para quem, como nós, tem uma Mãe com M Grande, a palavra Obrigado é "fraca" para lhes mostrarmos o quanto lhes estamos gratas.
Se hoje somo Mulheres com M grande :) a elas e aos valores por elas transmitidos o devemos.
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