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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Incondicional

Há uma idade certa para compreender as mães. Não digo uma idade certa em algarismos, mas certa em termos de quando as conseguimos observar melhor.
Quando somos novos só conseguimos ver as proibições, os castigos, os dramas que nos criam por chegarmos tarde ou não comermos a sopa (ou as ervilhas...).
Vem depois outra idade em que achamos que já sabemos tudo e que as mães viveram noutra época e são incapazes de compreender os problemas da juventude moderna.
E vimos por esses anos fora sempre olhando de lado para uma pessoa que nos parece demasiado perfeita para ser verdade, que nunca comete erros e nos quer impedir de cometer os nossos.
Parece-me a mim que só lhes damos verdadeiro valor quando lhes descobrimos a primeira falha, a primeira mentira, o primeiro erro. Não tem necessariamente de ser um erro ou mentira, mas por exemplo o simples facto de lhes apanharmos uma contradição nas palavras. Nesse preciso momento paramos surpreendidos com a mudança de atitude e perda de perfeição e conseguimos perceber que elas nem sempre nos dizem o que lhes vai lá dentro, mas sim o que acham que nos faz felizes.
E se o que nos faz felizes é comer sopa numa semana e rebuçados na outra a seguir, elas lá estarão em ambas as semanas, dizendo que a sopa é muito boa, mas que os rebuçados é que é fixe!
Obrigado mãe!

1 comentário:

SS disse...

Amiga concordo contigo.
Para quem, como nós, tem uma Mãe com M Grande, a palavra Obrigado é "fraca" para lhes mostrarmos o quanto lhes estamos gratas.
Se hoje somo Mulheres com M grande :) a elas e aos valores por elas transmitidos o devemos.