Já não é a primeira vez que ocorre uma destas paralizações dos camionistas, fazendo com que todos corram ao supermercado mais próximo para comprar arroz e açucar que dê para 3 anos.
Normalmente recuso-me a alinhar nestas febres, mas desta vez, olhando para o meu depósito de gasóleo e para o número crescente de bombas com combustível esgotado, bastariam mais 2 dias para ter de encostar e esperar pelo retorno dos camionistas.
Assim, lá fui, contrariada, atestar o depósito, quebrando todas as minhas regras de poupança, já que tive de ir a uma bomba mais cara, pois nas outras já há muito se tinha acabado o gasóleo normal. O que mais irrita nisto tudo é ver na fila pessoas com todo o aspecto de saírem com o carro só aos domingos, mas mesmo assim ali estão para atestar e contribuir um pouco para a histeria geral.
O funcionário da bomba contou-me que momentos antes tinha parado um indivíduo numa pick-up, com um bidon na caixa, e meteu 1000€ de gasóleo. Certamente a pensar vender amanhã ao dobro do preço, quando todas as bombas estiverem secas.
Depois de ter gasto meia hora numa fila e uma pipa de massa a atestar, é bom que os camionistas só desbloqueiem mesmo para a semana que vem...
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Esta manhã vi dezenas de camiões parados. Eram de França, Espanha, Portugal, e preenchiam completamente as bermas da N9, de um lado e de outro. Os condutores estavam animados a montar uma churrasqueira em meio bidon, e uma tenda gigante com uma lona, antecipando o dia solarengo, bem bom para umas febras à beira da estrada acompanhadas de uma "mine". Tudo isto se passava a 200m de uma BP, que estava às moscas.
Tentei tirar uma foto, mas a GNR também lá estava, provavelmente para ganhar lugar na fila das febras...