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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Do mal o menos

A política passa-me ao lado 99% do tempo, fora uma notícia ou outra mais controversa. Tempos houve em que achei que o meu voto não valia nada, até me cair a moeda e pensar que de facto unidos somos algo.

Agora voto, e faço-o em consciência. Não gosto de mentir a mim mesma, por isso faço até o sacrifício de ler (na diagonal) os programas eleitorais de cada partido, para poder decidir à parte da campanha de insultos mútuos que enche os media.

Sim, os programas são só promessas, eu sei. Mas ganhe quem ganhar, será sempre extremamente difícil cumpri-las. E nesta fase, opto por acreditar no Pai Natal e penso que o que vale são as intenções.
Resumindo as promessas e baralhando com o que vejo ser feito por uns e outros, tomo então a minha decisão. Pergunto-me quantas pessoas conhecerão de facto o programa eleitoral do partido em que votaram? Ou quantas desconhecerão programas que provavelmente eram do seu agrado?
Bom...adiante!

Perco a paciência com o Facebook nestes dias, tal como em dia de jogo de futebol. Os murais enchem-se de gente enraivecida, a disparar insultos e ameaças contra quem pense de outra forma. Democracia, no fundo!

Gosto especialmente dos que desejam todo o mal do mundo em forma de impostos e cortes a quem votou em X ou Y.
Quase que aposto que metade desses não foram votar, mas o que me aflige é pensar que há pessoas a desejar mal a outras, ou pior ainda, a pensar em tabelas de contribuição organizadas por preferências partidárias! Porque se desejam mal aos outros certamente estão a pensar que esse mal caíra apenas sobre os que votaram de forma diferente...ou são masoquistas?

Se for este o caso, mal estará o país quando os partidos de esquerda aprenderem finalmente a lição que a direita vem dando há uns anos, e deixe de lado orgulhos para se UNIR!

E é nesta altura que espero sinceramente que não valham as intenções...

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