Digo muitas vezes cá para mim que se algum dia apanhar um ladrão a roubar-me, espanco-o até não poder mais das mãos.
E era bem provável que sim, porque se há coisa que me irrita é andar a trabalhar todos os dias para depois um palerma inútil, que passa o dia no café, levar tudo em 2 minutos sem esforço nenhum.
Era bem provável que esse traste apanhasse não só por me estar a roubar naquele instante, mas por todos os outros que não consegui apanhar até hoje, e também por mais alguma coisa que me esteja a moer na altura.
O que é certo é que o ladrão vulgar, dá sim senhor o transtorno do instante, mas não é ele que traz os maiores custos, e não é ele que rouba a sério. Esses palermas, estúpidos e ignorantes, com habilidade para sacar as carteiras às senhoras e partir vidros de carros, embora mereçam uma grande carga de porrada, sim senhor que merecem, ainda assim são só uma amostra perto dos que se descobrem quando se começa a tratar dos assuntos pendentes do incidente.
Por exemplo, ficam a saber que no seguro de "Quebra isolada de vidros", a palavra chave é "isolada", porque é mesmo só para vidros partidos e nada mais. Nem se atrevam a ligar para o seguro e dizer que vos partiram o vidro para roubar não sei quê, porque aí passa a ser furto e já não há vidro para ninguém.
Ou então, imaginem que vos roubaram a pen de acesso à banda larga, aquela que não se paga mensalidade por fazer parte de um pack televisão+net+telefone. Se tinha pin de acesso, nem se dêem ao trabalho de pedir outra, a não ser que precisem mesmo, porque anular o serviço por motivo de roubo é o mesmo que cancelar o contrato antecipadamente, que leva a um custo (por uma pen que não tem mensalidade) de 12€ por cada mês que falta cumprir do contrato.
Já agora, deixo aqui 2 recados para o próximo delinquente. Da próxima vez é favor partir o vidro da direita porque os vidros novos são diferentes dos antigos. E se eu o apanhar, fica a saber que após o espancamento vai ficar o tempo necessário a retirar micro-vidrinhos do enrolador da chapeleira.
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